Com sua origem na então chamada Unidade de Fígado, que ficava na Avenida Europa 68, o Laboratório CICAP foi oficializado como empresa em 1987 tendo suas instalações no interior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), e como sócios originais o Prof. Dr. Luiz Carlos da Costa Gayotto (in memorian), o Prof. Dr. Venancio Avancini Ferreira Alves (atualmente Professor Titular da FMUSP) e a Dra. Maria Regina Vianna. Foram em pouco tempo seguidos pelo Dr. Celso Di Loreto (1990) e pela Dra. Yara de Menezes (1994). Ao estabelecer forte parceria com o HAOC, e posteriormente com o Hospital do Coração (HCor, em 1999), o laboratório identificou–se principalmente com a prática da patologia hospitalar, caracterizada pelas ações integradas aos demais membros do corpo clínico do hospital e pela presença dentro da instituição, especialmente do centro cirúrgico e das demais áreas de diagnóstico (endoscopia e centro de imagem). Também muito precocemente foram implementadas as técnicas de imuno-histoquímica e hibridização “in situ”, que dão caráter de elevada precisão ao diagnóstico anatomopatológico e, mais recentemente, têm sido incorporadas aos métodos de patologia molecular, permitindo tratamentos cada vez mais personalizados.

Posteriormente, juntou-se à equipe o Dr. Evandro Sobroza de Mello (2000), atualmente Diretor Médico Executivo do laboratório e também professor da FMUSP. Uma onda de crescimento da equipe ocorreu nos anos mais recentes, tanto pelo aumento de demanda quanto pela necessidade de subespecialização da anatomia patológica praticada nos padrões internacionais: Dr. Ryan Yukimatsu Tanigawa (2012) ; Dra. Paula Martinez Vianna (2015) e Dra. Lívia Barreira Cavalcante (2015); Dra. Rafaela Brito Bezerra Pinheiro (2017) e Dra. Marcela Arruda Pereira Silva Vasconcelos (2017); Dra. Karen Lee (2019) e Dr. Renan Ribeiro e Ribeiro (2019);  Dr. Rafael Dyer Rodrigues de Moraes (2020) e finalmente Dr. Felipe Lourenço Ledesma (2022) e Dra. Camila Marchiolli Garcia (2022). Todos os membros da equipe médica têm origem no complexo Hospital das Clínicas/Instituto do Câncer do Estado de São Paulo/Faculdade de Medicina da USP e grande parte ainda atua nesta instituição, atendendo os pacientes que a procuram e participando intensamente na formação dos médicos residentes, alunos de graduação e de pós-graduação (vide currículo Lattes dos membros da equipe médica para detalhes).

Na última década, o laboratório passou por intenso aperfeiçoamento de seus processos, sendo que muitos deles foram automatizados. Também houve mudança nos sistemas de informática laboratoriais, que além de aperfeiçoarem muitos dos processos administrativos, otimizaram a rastreabilidade das amostras e dos resultados. Houve também integração dos sistemas do laboratório com os sistemas dos dois hospitais atendidos (HAOC e HCor), sendo que os exames assim que liberados têm seus laudos disponíveis para as equipes médicas nos sistemas destes dois hospitais. A estrutura de TI foi incrementada em capacidade e segurança, contando atualmente com sistema de Disaster Recovery que inclui capacidade de operação em nuvem caso haja problemas locais. Foi também implementado um setor de qualidade, responsável pelo controle dos processos e pela atuação nos sistemas de acreditação junto aos hospitais e aos órgãos nacionais e internacionais.

Atualmente, o foco principal do CICAP continua sendo a melhor prática em patologia hospitalar, destacando-se nas participações em eventos institucionais e nas reuniões multidisciplinares (“tumor boards”), cada médico patologista cuidando das equipes médicas de sua subespecialidade. A atuação dentro do centro cirúrgico é um dos orgulhos do laboratório. Soma-se a isso o horizonte de implementação de novas tecnologias, incluindo incremento nos métodos de patologia molecular, patologia digital, telemedicina, biobanking e, um pouco mais remotamente, os métodos de inteligência artificial. Dentro de sua história, e visando o futuro, sempre entendemos que o médico patologista tem uma participação importante para o melhor atendimento do paciente na medicina atual.